terça-feira, 25 de agosto de 2015

Esse seu jeito, sem jeito

Tem fases na vida que são tão complicadas quanto aquelas cubos mágicos, e encontrar alguém que ajude a desvendar a tal magia é bem difícil hoje em dia.
Quando você esta uma confusão, é difícil ser clareza para alguém, é difícil enxergar luz. Entre dias que acordo achando que nada vai dar certo, triste e desanimada, sua clareza, mesmo muita das vezes distante, é como um aperto de mãos. Dentre essa bagunça encontrei um espaço pra você. Ainda bem que encontrei um espaço. Ainda bem que encontrei você.

Esse seu jeito, sem jeito é o jeito de demostrar que está aqui, comigo. Isso me deixa com uma vontade de te dar o mundo, abordo de um avião de apelidado "round" com nosso cachorro gordo. Reportaria as notícias dos lugares a onde pararmos e enviaria para jornais, e viveríamos disso. Será que seríamos felizes assim Godo? Tenho certeza que sim. Tenho certeza que seriamos felizes em qualquer lugar. Assim como já somos, até quando ficamos cansados de Frank Underwood fodendo geral em House of Cards. Esse seu jeito sem jeito me fez descobrir que a bolsa de valores tem uma nova categoria: Felicidade. e amor, sou rica lá, te juro, nunca faltará isso a nós.
Vou te contar um segredo, eu sempre peço para que deite do lado direito da cama porque é para onde eu viro quando adormeço, e com os olhos fechados e o seu cheiro, quase te sinto. Quase te tenho por perto. Seu jeito sem jeito me deixa sem jeito.

Dentre desavenças e descobertas aprendi a identificar o amor que transmiti em coisas nem tão óbvias, mas que por sorte, noto suas singelas demostrações de amor. Quero aprender a ser sem jeito, assim, talvez, compreenda seu jeito.  Como quando fica palpitando o cinto até ver se eu o travei direito, deixa comigo várias blusas para garantir que eu fique quietinha, repete incansavelmente que preciso almoçar, porque senão tenho dor de cabeça, me deixa ganhar em jogos que obviamente não sei o que estou fazendo. Mas você repete, muito bem amor, jogou bem!

Esse seu jeito sem jeito é um feito, que não tem jeito, não me contento.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

O perfil de um profissional mutifacetado

Rafael Cortez, Musico, humorista, apresentador, artista, Jornalista e formado aos 28 anos. Oi? aos 28 anos? Sim!

Dei uma Googada nele e agora admiro essa cara pra caramba!

Todos podem bater um papo com ele na feira do Guia do estudante no dia 23 de Agosto, das 09h as 19h!

Dá uma olhada na entrevista que ele deu para o GE.



Como começou sua história com Comunicação? Você estava certo do que queria quando optou pelo jornalismo?
Minha formação é em Jornalismo pela PUC-SP, mas fiz antes um ano de Filosofia, também na PUC, e um ano de Rádio e TV, pela FAAP. Prestei, em paralelo a isso, oito coisas diferentes, ao longo de intermináveis quatro anos. Eu, de fato, não sabia muito o que queria, mas me encontrei academicamente no Jornalismo. E optei por essa área, porque Comunicação sempre foi a minha cara e no Jornalismo eu poderia enveredar por áreas que amo e sempre amei em paralelo, como as Artes. Eu pensei muito em fazer Jornalismo Cultural, por exemplo. Me encontrei ali, ainda que hoje eu siga como um cara que sempre está em diversas frentes. Não posso dizer que vivo como Jornalista, mas também vivo. Assim como vivo como humorista e músico. É confuso, mas isso me realiza no final.

Como foi trabalhar com o jornalismo e partir para a área do humor e da atuação?

Ainda está sendo. No CQC, muitas vezes sou um jornalista fazendo graça. Em muitas outras, sou só humorista e improviso, esqueço da área. Mas o mais importante o jornalismo me deu e segue me abastecendo: repertório. Atuo e faço piada melhor quando estou ciente dos fatos à minha volta. E jornalista não pisca. Nosso faro para os acontecimentos deixa os "radares interiores" bem ligados. No humor isso é fundamental. E leitura e conhecimento só melhoram um ator. Tudo isso é fruto de um mesmo berço, o jornalismo.

Você fez teatro também? Como isso ajudou a formar esse lado do humor?

O teatro me deu a dimensão de carisma; de olhar a plateia; de me colocar cenicamente bem num palco. Muitas vezes a piada que estou contando no meu solo de comédia pode nem ser a mais engraçada. Mas o modo como a conto, como posiciono meu corpo e me imponho com voz e tônus num palco, isso é fruto do teatro. E só agrega!

Muitas vezes as pessoas quando vão escolher uma profissão acham que é algo definitivo, algo pra vida toda. Para você não foi assim, né? Como essa formação ampla te ajudou?

Não foi mesmo! A primeira coisa é um adolescente de 16, 17 anos parar de pensar que tem que saber, justo nessa pequena idade da vida e com tão pouco repertório e certezas do mundo e de si, exatamente o que fará para o resto de sua vida profissional. Eu caí nessa e sofri muito, e por alguns anos que pareceram enormes! Na paralela às minhas crises vocacionais e apostas múltiplas em vestibulares disso e daquilo, eu fui trabalhando com o que me aparecia. Eu não percebia naquela época, mas estava construindo um perfil que adoto na prática hoje e que recomendo, e muito, aos jovens que querem minha opinião: o perfil de um profissional multifacetado. 

Com a velocidade do mundo, das informações e dos acontecimentos, a tendência não é mais a hiper-especialização. E sim o profissional que sabe de tudo um pouco em sua área. Note, eu sou jornalista. E posso falar de cultura porque sou ator e músico, posso falar de política porque fui assessor parlamentar, posso falar de celebridades porque trabalhei com conteúdo digital de revistas de famosos na Abril etc. Tudo isso se originou dessa sede de abraçar oportunidades e, mesmo sem perceber, dar uma banana para essa urgência de respostas que a gente se obriga aos 17. Tanto é que eu só me formei mesmo na faculdade de Jornalismo com 28 anos.

De que maneiras você pretende manter e aprofundar essa carreira múltipla que tem desenvolvido?

Criando minhas próprias oportunidades, e não esperando que elas me caiam no colo. Não posso ficar só me queixando que me conhecem menos como músico do que como humorista, e consequentemente não me chamam para tocar. O que faço? Crio o meu próprio projeto musical e ponho a cara à tapa. Tenho hoje o MDB - Música Divertida Brasileira, meu trabalho de pop-rock com a banda Pedra Letícia. Resgatamos as canções mais engraçadas da MPB e as apresentamos em novas versões para os jovens. Quem não sabia do meu lado músico me vê cantando e tocando nos nossos shows. É bem diferente de esperar que as coisas aconteçam. A gente tem que ser cara-de-pau e empreendedor na carreira. Seja ela qual for.

Que dicas você dá para um estudante que se interessa por áreas bem diferentes e está prestando vestibular ou em dúvida sobre qual carreira seguir?

Crie repertório. Tem que ler. Tem que ver coisa pra caramba. Assistir filmes e séries de todo o tipo. Buscar erudição. Ler, ler e ler. Os jovens estão com problemas graves com a literatura, o que é um erro e tanto. Em algum momento alguém um pouco mais ciente do mundo e das coisas pega o seu lugar. E reitero: cara-de-pau, se bem usada, é uma aliada e tanto. Bem como o empreendedorismo.

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terça-feira, 4 de agosto de 2015

Um Pakaloco e um amor, coloca na conta por favor...

Carta para um amigo em especial: Em um dia ruim, uma viagem chuvosa e um Pakaloco na mão a gente foi conversar, abrir o coração entre lagrimas e goles. Rodando as ruas de São Sebá ele me mostrou que mesmo alcoolizado, ainda dá pra ser poeta. Me apaixonei pela pessoa que andava a minha esquerda, compreendendo meu transbordar, porque de fato, ele entenderia aquilo. Ele me entende. E eu não entendia, como alguém com a alma dançante não acreditava em sua essência, o amor.

Entre "É foda" e segredos te disse que um dia ele bateria em sua porta, como um carteiro que traz uma encomenda da china, o amor bateria em sua porta. E bateu, não?
O que eu mais admiro em você é seu sorriso, não que ele seja do tipo Colgate, isso quem tem é o gato do meu namorado rs, admiro a persistência que ele tem de insistir em aparecer, mesmo ao ato de segurar uma lagrima, ele insiste em aparecer.
E para você, a quem o carteiro trouxe a encomenda da China, aquela esperada, aguardada ansiosamente, não te desejo nada mais a não ser aproveitar esse pacote, que talvez - Muito provável-  tenha visto com defeito - sabe como são coisas da China - mas que você esperou tanto, e é tão bonito que quem se importa?

Uma vez, me lembro, disse-me que ver a felicidade alheia era algo horrível, se perguntava porque não era merecedor daquilo. Não vê que ela estava lá escondidinha, aguardando a grande hora para chegar? Porque ela chega, em forma de milhões, nomes ou risadas, uma hora chega.

Não acredito em horóscopo, sorte ou trevo, acredito em timing da vida, coisas e pessoas que tem que aparecer - ou desaparecer- de nossas vidas nos momentos certos. Momentos certos que quase nunca sabemos que são, mão são, você verá.

Isso é fé, crença ou otimismo? De jeito nenhum. Isso é amor, amor pela vida, amor pelo amanhã, amor pelo hoje.

Que você saiba aproveitar essa encomenda da China, mas se ela for tão frágil como a maioria dos produtos e não suportar as quedas e tropeções, lembre-se que a felicidade brinca de esconde-esconde, e que ela está sempre escondida, aguardando ser encontrada. Então, mesmo sem seu super apetrecho da China, não sai do jogo.