terça-feira, 4 de novembro de 2014

Somos um grande murro cheio de rachaduras, e elas, são nossas histórias.

O para sempre é composto de agoras.
Toda vez que termino um livro, logo em seguida sou inundada por aquela sensação de vazio. Como se um amigo querido tivesse ido embora. O fato é que acabo me acostumando com os personagens, e finais são sempre doloridos. P.S. sempre fico adiando as ultimas páginas. Por isso, vivo lendo! Livros são a melhor das companhias, sempre tem algo novo pra contar, pode te decepcionar, mas fico sempre na esperança de algo incrível acontecer logo na página seguinte. Porque bom, são livros, e entre aqueles parágrafos e pontos finais qualquer coisa é possível. Ontem terminei Cidades de Papel e caso não tenha paciência, nem pense em compra-lo. Típico de John Green a historia se passa em Orlando, e Q (Quentin), é o narrador. Ele é apaixonado por sua vizinha, Margo. Mas eles nem amigos são, Q é o nerd que tem o seu grupo e ela linda e popular ( típico de John Green ²).em uma noite, Margo aparece na janela de Quentin e o chama para ajuda-la em sua missão de vingança contra o ex que o traiu com sua melhor amiga. Depois de todos os acontecimentos da noite, ela some! Deixa algumas pistas, então basicamente 230 paginas do livro são dedicados a encontra ela. Nessa busca Quentin tenta conhecer sua vizinha mais profundamente, através das pistas, mas acaba descobrindo o seu verdadeiro eu, e o que é capaz de fazer. Se está em busca de um romance estilo " A culpa é das estrelas" Erro. Suspense tipo " Sherlock Holmes" Erro de novo. um livro neutro, nada de grandes acontecimentos, nada de surpresas, morno. Mas te arranca boas risadas. Deixou a desejar em empolgação, mas é o livro mais próximo da realidade que já li do Green. Ao final, Quentin descobre que gostar de alguem de longe é fácil, sem ver as rachaduras, sem ver os defeitos. E que uma idealização não confirmada é a maior das decepções. As pessoas são o que elas são, quer você goste ou não, o universo  não é obrigado a estar em perfeita harmonia com a ambição humana. Nesse caso, o fim justificou o meio, um livro lindo e maduro ❤ 

 Porque se há algo bom do que se lembrar, isso já é um final feliz.

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